terça-feira, 31 de março de 2015

Lista do Friedenreich e a Gourmetização do Futebol





























O prêmio Friedenreich é dado para o "chuteira de ouro" brasileiro, o jogador com mais gols ao longo da temporada profissional no Brasil e, até nesta lista, vemos uma gourmetização do nosso futebol.

Desta lista excluo apenas Magno Alves e Nonato. Magno Alves, que ganhou notoriedade no Fluminense na virada do século e foi pra Ásia em 2003 onde jogou na Coréia, Japão, Arábia Saudita e Qatar antes de voltar para defender seu time do coração, o vozão do Nordeste, Galo e Sport, até voltar para o Ceará. 

Nonato, por sua vez, lenda da colocação por estar notoriamente fora de forma e ser baixo, ganhou fama no Bahia, e passou dois anos na Coréia. Ele voltou em 2006 para o Goiás mas, depois de passagens frustradas por Fortaleza e Bahia, foi para o Japão só para voltar para o Atlético Goianiense. Mas, a trajetória de Nonato estava longe de acabar. Foi aí que ele virou um andarilho da bola. Passou pro clubes como: Treze, Mixto, ABC, Corinthians de Caicó (RN), Trindade, Anapolina, Rio Verde, Gurupi e o Goianésia, aonde joga hoje. 

Mas, essas figuras não passam pelo ato de gourmetização do futebol brasileiro. 






































Olhem essa lista. Isso sim é futebol de verdade. Ao invés de termos Núbio Flávio, vemos que Creolina deu lugar a Bode Branco e que, ao invés de Alecsandro e Leandro Damião, Pé de Foice e Nego Tula sacramentaram a vitória do Lagartense diante do Fluminense. 

Hoje em dia, existem muitos meninos, que, ao invés de fazer o simples, preferem inventar até no nome da camisa. A moda não vem de hoje. Neymar colocou o Jr. no final da camisa para que todos se lembrassem de quem manda, ou seja, seu pai. Ganso até hoje joga com P.H. Ganso na camisa e se tivesse espaço, iria de nome completo. 

E não é uma moda restrito a jogadores excelentes. O Palmeiras é exemplo disso: no elenco temos, Gabriel Jesus, João Paulo, João Pedro, Zé Roberto, Victor Luís, e teremos ainda Matheus Muller, Gabriel Leite e Christopher, os dois últimos ainda na base. 

O futebol é um esporte democrático e expressão da cultura nacional. Se o Friedenreich acabasse hoje, quem levaria é Max. Max, após vir do América de Natal, para substituir Adriano Chuva e Washington, virou Max Pedreiro e mesmo sem deixar seus gols no Palestra é um dos maiores exemplos do pode do futebol. 

Max é uma figura solitária. Vítima de muitas lesões, sempre foi perseguido pelo uso da cocaína. Diferente de Jobson, nunca escondeu e sempre cumpriu suas suspensões. Ano passado, foi sua primeira temporada completa após servir a suspensão máxima de dois anos imposta pela FIFA e, os gols voltaram. Confesso que eu me senti até um pouco feliz ao ver essa figura insólita marcar em pleno Maracanã e fazer o Flamengo jogar a vida na Arena das Dunas para passar de fase. 

Max simboliza um tempo antigo quando o futebol era permeado por personagens comuns como eu e você, tanto do lado mais baixo quanto do melhor lado da sociedade. A bola um dia representou todos nós. Hoje, ela representa um pequeno setor da sociedade que sobrevive de declarações padrão, constantemente exposto nos meios de comunicação de massa. 

Pelo dinheiro, trocamos a nossa identidade por falas feitas por incontáveis assessores que nunca sequer chutaram uma bola, muito menos jogaram pela seleção. Trocamos o gênio incompreendido por gênios do mundo fashion andam com suas roupas de grife e suas chuteiras coloridas. Abrimos mão da escapada da concentração por jogadores de Instagram e Twitter. 

Saudades eternos do futebol antigo. 

segunda-feira, 30 de março de 2015

Resumão das Eliminatórias da Eurocopa

Com os grupos chegando nos cinco jogos disputados, as eliminatórias para a Eurocopa estão entrando em seu estágio final. Vamos aqui a um pequeno resumo de cada grupo.

Grupo A













No grupo A, temos duas surpresas liderando e a rodada foi boa para as duas líderes. A Islândia ganhou de 3x0 do Cazaquistão com dois gols de Birkir Bjárnason, do Pescara, da Série B Italiana e se aproveitou do empate por 1x1 em Amsterdã entre Holanda e Turquia. A República Checa teve seu primeiro tropeço mas ainda continua invicta ao empatar aos 45 do 2ºT com um gol de Pilar com a Letônia. 

Grupo B













O grupo B teve algumas revira-voltas nessa rodada. Com dois gols de Bale, País de Gales passou Israel e assumiu o primeiro lugar. A goleada da Bélgica sobre o Chipre foi o suficiente para dar nova vida aos comandados de Marc Wilmots em busca de uma classificação sendo que enfrentam Israel fora de casa amanhã. A Bósnia, mesmo metendo 3x0 fora de casa em Andorra, está viva por um milagre especialmente se o Chipre ganhar de Andorra fora de casa amanhã. 

Grupo C 













A Eslováquia continua firme e forte no grupo C após vencer Luxemburgo em casa por 3x0 e parece que, com 5 jogos, já é favorita à uma das duas vagas de cada grupo. Ainda 100%, a Eslováquia contou com gols de Adam Nemec, do Union Berlin (da segundona alemã), Vladimir Weiss e Peter Pekarik para garantir o saldo de gols. A Espanha vem logo atrás com doze pontos ao vencer a Ucrânia por 1x0 com gol de Morata. 

Grupo D













No grupo D, não tem nada decidido. A Polônia empatou fora de casa com a Irlanda, em Dublin. O gol da Irlanda veio aos 46' do 2ºT de cabeça com Shane Long. O jogo pragmático da Alemanha garantiu 2x0 fora de casa contra a Geórgia e efetivamente eliminou a nação do Cáucaso da disputa. Destaque para a Escócia que, mesmo fazendo 6 em casa, tomou o primeiro gol de Gibraltar em competições profissionais, do atacante/ policial Lee Casciaro. Gibraltar fez dois jogos muito bons e deu um calor na defesa Alemanha, especialmente no chute de Liam Walker, o único profissional da ilha, que quase encobriu Manuel Neuer. 

Grupo E














No grupo E, os três primeiros jogaram em casa e meteram sonoras goleadas em seus adversários. Seis jogadores diferentes fizeram gols para marcar a vitória em casa da Eslovênia contra San Marino. A Suíça fez 3x0 em casa na Estônia num jogo sem crise. Destaque foi para Harry Kane e a Inglaterra que fizeram 4x0 contra a Lituânia. O garoto-sensação do futebol inglês tinha sido colocado no banco por Roy Hodgson mas, precisou apenas de 90'' em campo para marcar seu primeiro gol no seu primeiro chute pela seleção inglesa. 

Grupo F














No Grupo F, a Romênia continuou na liderança após garantir a vitória por 1x0 em casa contra as Ilhas Faroe. A Irlanda do Norte ganhou por 2x1 da Finlândia com dois gols do Casanova moderno, Kyle Lafferty. Esse resultado eliminou a Finlândia da competição pelas vagas. A Hungria perdeu muito terreno ao ficar com um empate por 0x0 em casa com a Grécia mas, ainda tem já que os dois primeiros se pegam e ela vai até às Ilhas Faroe para jogar. 

Grupo G













No Grupo G, a Áustria tem uma vantagem saudável sobre a Suécia e contou com um golaço de falta de Alaba para contribuir com os 5x0 diante de Lichtenstein. A Suécia ganhou de 2x0 da Moldávia fora de casa com dois gols de Ibra. Nota triste vai para o jogo entre Rússia e Montenegro que teve, no primeiro tempo, um sinalizador jogado da arquibancada que atingiu o goleiro russo Igor Akinfeev, que levado ao hospital e passa bem e, no segundo tempo, uma briga na arquibancada causou o abandono da partida em Podgorica. Com isso, até que se dispute o restante da partida, a Rússia perdeu muito terreno em relação à Suécia ficando quatro pontos atrás. 

Grupo H 













No grupo H, a Croácia é soberana e deixou a Noruega por um fio após meter 5x1 em casa nos escandinavos. Destaque para Martin Odegaard, que aos 16 anos, é o jogador mais jovem a ter disputado um jogo de eliminatórias. Mas, o jogo mais legal da rodada com certeza foi o empate de 2x2 entre Itália e Bulgária. Perdendo o jogo faltando seis minutos, a Itália contou com uma ajuda verde e amarela para continuar com vantagem sobre a Noruega. Eder, atacante da Sampdoria, foi convocado por Antonio Conte e foi motivo de debate a semana toda mas, calou a boca dos invejosos com seu gol que coloca a Itália em melhor posição para enfrentar a Croácia fora de casa na próxima rodada. 

Grupo I












A bicicleta de Matic não foi o suficiente para ajudar a Sérvia a ganhar terreno na luta por uma vaga na França em 2016. Fábio Coentrão garantiu a vitória de Portugal no seu melhor jogo no último ano. A Albânia ia perder da Armênia mas, a expulsão de Hambartsumyan deu nova vida aos albaneses e, Mergim Mavraj, que tinha marcado o gol contra que dava a vitória para a Armênia, deixou o seu do lado correto e fez o primeiro da virada albanesa. Como a Dinamarca não jogou essa rodada, o empate em número de pontos significa que os escandinavos tem que ganhar da Sérvia para ter vantagem na outra rodada, quando pegam a Albânia. 

O asterisco da Sérvia é em relação ao jogo Sérvia x Albania no estádio Partizan, em Belgrado onde, supostamente, o irmão do primeiro-ministro albanês, Orli Rama, equipou um drone com a bandeira da Albânia sobre o território do Kosovo, que é motivo de disputa e limpeza étnica até hoje. O drone sobrevoava o campo quando o atacante Aleksandar Mitrovic, da Sérvia, pulou e trouxe droen e bandeira abaixo. Os jogadores da Albânia partiram pra cima para proteger sua bandeira e foi aí que tudo se desintegrou. A torcida sérvia invadiu o campo e enfrentou os policiais e bateu nos jogadores albaneses que tiveram que se refugiar no vestiário. 

domingo, 29 de março de 2015

Futebol down under

Nesta madrugada entre sábado e domingo, enquanto o futebol dormia neste lado do mundo, o futebol na terra do rugby vive seus momentos decisivos.

Na A-League da Austrália já está claro quem irá avançar a próxima fase, o que falta ser definido é quem irá diretamente para as semi-finais e quem passará pelas quartas.

O Melbourne City venceu o Brisbane Roar em casa por 1 a 0 e fechou o grupo do classificados, mas faltando somente 4 jogos o time de propriedade do Manchester City deverá se contentar com uma vagas para as quartas. Mais acima na tabela o Sydney FC goleou o Wellington Phoenix fora de casa por 3 a 0 e deu um passo importante para se classificar diretamente.

Com uma diferença de 2 pontos entre o quinto e primeiro colocado, qualquer tropeço pode ser fatal para conquistar a classificação para a semi-final.


Na Premiership da ilha vizinha Nova Zelândia, o campeonato terminou a fase semi-final e chegou a grande decisão. O Waitakere United foi completamente despachado pelo favorito ao título Auckland City por um placar agregado de 7 a 1.

A outra semi-final foi mais disputada, após Hawke's Bay United e Team Wellington protagonizarem jogos de muitos gols que resultaram em um placar agregado de 5 a 5, o Team Wellington avançou por ter tido uma campanha melhor na primeira fase.

Assim, o Auckland City, que inclusive jogou o Mundial de Clubes do ano passado representando a Oceania, tenta confirmar seu favoritismo contra o azarão Team Wellington na grande final Nova Zelandesa.

sábado, 28 de março de 2015

Dalkurd FF: Salvos por um milagre

Tanto se falou esses dias do Airbus A320 da Germanwings que tragicamente caiu na França matando cerca de 150 pessoas enquanto ia de Barcelona para Dusseldorf. Entretanto, pouco se falou de como uma equipe da terceira divisão da Suécia se salvou no último momento.

O Dalkurd FF tinha comprado passagens para todos os seus jogadores e comissão técnica para o voo 4U 9525, eles teriam feito a conexão em Dusseldorf para depois voltar a Suécia. No último instante, a comissão técnica decidiu que a conexão em Dusseldorf seria longa demais, e decidiram se separar em 3 grupos e pegar os últimos lugares em voos para Zurich e Munich e fazer conexões mais curtas para voltar para casa.

Assim que pousaram, ficaram sabendo que suas vidas foram salvas pela repentina mudança de planos.

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Dalkurd FF é uma equipe jovem. Fundada em setembro de 2004 por imigrantes do Curdistão, começou na sétima divisão sueca e em apenas 10 anos hoje se encontra na terceira.

O clube começou como uma iniciativa para tirar crianças imigrantes das ruas e dar a elas uma atividade saudável. No entanto, com fortes investimentos o Dalkurd FF vem em acensão e se tornou não só um simbolo para todos os curdos na Suécia, como uma sensação do futebol no país.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Bem-vindo, Minnesota United FC

A MLS anunciou ontem a vigésima terceira equipe a fazer parte da maior federação de futebol estado unidense. Trata-se do Minnesota United FC, equipe que mais especificamente é da cidade de Minneapolis no estado de Minnesota.

A equipe foi fundada em 2009 e desde então vem participando na NASL, equivalente a segunda divisão. Nas suas 5 temporadas na NASL, o Minnesota United chegou a final duas vezes e foi campeão em 2011.

Há vários fatores que levaram a "promoção" do Minnesota United para a MLS, não só seu êxito em campo. Em 2010 a equipe teve uma média de público de 1.374, em 2012 foi 2.651, e ano passado a média foi de 5.577. Além dessa média em subida contínua, a cidade de Minneapolis contava um equipe nos anos 70, chamada Minnesota Kicks, que tinha uma média superior aos 40,000 por jogo.

Outra razão para a MLS aceitar o Minnesota United é que ele tem seu próprio estádio especificamente construído para o futebol, luxo que equipes como Seattle Sounders e New York City FC não tem.

Como foi mencionado anteriormente, a partir de 2018 o Minnesota United FC será a equipe de número 23 na MLS. Além dos 20 times atuais, nos próximos 2 anos também entrarão o Los Angeles FC e uma equipe de Atlanta que ainda não tem nome.

Tudo isso faz parte de um projeto da MLS de ter 24 times até 2020, quem sabe a última equipe não será o tão sonhado time de Beckham em Miami...

O comissário da MSL, Don Garber, já falou da possibilidade de superar 24 equipes após 2020. Talvez esse seja o primeiro vestígio de uma segunda divisão da própria MLS.

A MLS vem crescendo de forma impressionante, e um país como os Estados Unidos pode não só dar mais prestígio a CONCACAF, como criar um novo mercado de futebol que seja realmente atraente além do dinheiro.

Curiosidade: Hoje, o Minnesota United FC conta com o futebol mágico do ex-Fla e Corinthians, Ibson.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Conheça a histórica, mas decadente, GCC Champions League

O futebol asiático vem crescendo de forma impressionante nos últimos tempos. Além de campeonatos bem estabelecidos como o japonês, coreano e australiano, temos também campeonatos emergentes como o chinês e o indiano.

Parte do crescimento do futebol na região é devido a AFC Champions League, o equivalente a UEFA Champions League e Copa Libertadores. Entretanto, para o futebol árabe e persa, já existiu uma competição mais importante que se chama Gulf Clubs Championship Champions League.

A competição foi fundada em 1982 pela UAFA (Union of Arab Football Associations) e tem como participantes os clubes da Arabia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait, Bahrein, Qatar, Omã e Iraque. Durante os anos 80 e 90 essa competição era a prioridade para os clubes destes países, até que em 2002 a AFC Champions League, que foi fundada em 1967, tomou um formato mais moderno.

Desde sua reformulação, a AFC Champions League e a AFC Cup (segunda competição continental, equivalente a Europa League e Sul-Americana) tomaram o lugar GCC Champions League como competições mais importantes para os países participantes, devido a sua visibilidade e maior inclusão de países.

Nesta edição, por exemplo, a maioria dos clubes participantes terminaram em quarto ou quinto lugar em seus campeonatos nacionais, lembrando que a maioria destes países não chegam nem a 15 clubes na suas primeiras divisões. Antigamente, os países participantes mandavam seus campeões. Inclusive, um dos representantes do Qatar este ano foi uma das equipes rebaixadas ano passado. O Al-Rayyan, que terminou em décimo terceiro, acabou participando da edição atual devido a desistência dos outros 8 times melhores colocados que poderiam ter participado.

O país com mais títulos é a Arabia Saudita, com 13 títulos, seguida pelos Emirados Árabes com 7 títulos. Os clubes que mais vezes venceram a competição são Al-Ittifaq e Al-Ahli, ambos com 3 títulos e da Arabia Saudita. O atual campeão é o Al-Nasr dos Emirados Árabes.

Dia 7 e 8 de abril irã acontecer as partidas da última rodada da fase de grupos e depois começam as quartas de finais.

terça-feira, 24 de março de 2015

Éder e Vazquez na seleção italiana: aonde está o limite?

A Itália está sofrendo um momento muito delicado em sua história. Assim como vem acontecendo com França já faz um tempo, a forte imigração norte-africana e do leste europeu vem mudando a cara do "italiano tradicional". Agora, esta luta contra o inevitável está se refletindo no mundo do futebol.

Os italianos mais extremistas, conservadores e racistas, já se colocam contra a convocação de Balotelli e Darmian, por exemplo. Tamanha ignorância é lamentável e não merece ser comentada adiante.

A última convocação do Antonio Conte trouxe essa discussão a novamente à tona pela inclusão dos jogadores Éder (Sampdoria) e Franco Vázquez (Palermo). Ambos nasceram fora da Itália e só se mudaram para o país da bota com mais de 20 anos de idade. Não só ouve uma rejeição por parte do povo italiano, como o renomeado técnico Roberto Mancini, que hoje defende a Inter, disse que só jogadores nascidos na Itália deveriam ser convocados.

A mídia sensacionalista brasileira rotulou equivocadamente essa convocação como "outro caso Diego Costa". Para mim, a grande diferença é que os dois jogadores convocados por Conte já tinham dupla cidadania e não foram naturalizados. O brasileiro Éder tem os avós italianos e o argentino Vázquez tem a mãe nascida na cidade de Padova, Diego Costa por outro lado não tem sangue espanhol algum, lhe foi dada a cidadania espanhola unicamente para defender a seleção.

Darmian, apesar dos pais armênios, nasceu e viveu a vida inteira na Itália. Balotelli, similarmente, nasceu na Sicília filho de pais ganeses. Esses, apesar de seus pais estrangeiros, são tão italianos quanto qualquer outro, não conhecem outro país. Éder e Vazquez para mim tem todo o direito de escolher entre suas cidadanias. Apesar de entender a vontade de manter uma identidade forte, acredito que esse pensamente é ultrapassado no mundo globalizado em que vivemos.

Agora, aonde eu coloco o limite são nos "casos Diego Costa". É um absurdo um jogador, que a poucos anos atrás não sabia nem aonde ficava a Espanha no mapa, representar o país. Eu peço a Itália, e ao restante do mundo do futebol, SIM aos Éders, SIM aos Vazquezs mas NÃO aos Diego Costas.

"Vou aprender o hino. Preciso primeiro aperfeiçoar o italiano, mas é melhor deixar minha resposta em campo" - Éder

segunda-feira, 23 de março de 2015

Iêmen empata jogo adiado e sonho da Copa continua

Iêmen empatou em 0 a 0 contra o Paquistão hoje e, graças a vitória por 3 a 1 na ida, avançou a segunda fase das eliminatórias da Ásia para a Copa do Mundo 2018.

O jogo foi adiado por causa de questões de segurança devido ataques terroristas no Paquistão, a partida então foi remarcado aproximadamente uma semana depois e foi disputada no Bahrain. Inclusive, o jogo de ida também não foi disputado no Iêmen, mas no Qatar pelas mesmas questões.

O Iêmen agora se junta a Índia, Timor-Leste, Camboja, Taiwan e Butão, para a fase de grupos com os demais países do continente. O sorteio acontecerá dia 14 de abril em Kuala Lumpur, Malásia, na sede da AFC.


Pequenos e tradicionais em estaduais: uma volta pelo Brasil menos acompanhado

Março entra na sua última semana e com isso os estaduais começam a se aproximar ao fim. Nenhum deles apresenta muitas surpresas, todos os times grandes devem avançar em suas competições, talvez com exceção ao Flu, Avaí e Atlético-PR.  Mas, os estaduais não se limitam aos times grandes, vamos analisar como estão os times menores mas que também tem história no futebol. (Clique nas imagens para ver melhor)

Paulista A2
Na segunda divisão do Paulistão, estão várias equipes que se não forem grandes pelo menos já tiveram seus momentos de glória. Meu destaque vai para a Ferroviária, equipe tradicionalíssima do interior que finalmente parece dar passos largos para voltar a elite. São Caetano e Guarani tentam se reerguer após alcançarem os níveis mais altos do futebol e seriam uma grande atração para o ano que vem. Outro destaque vai para o Independente e o Novorizontino, os dois fizeram a final do A3 ano passado e estão brigando forte para ir direto para a A1.


Na parte de baixo temos o Guaratinguetá e Catanduvense que passaram recentemente pela elite, em último e penúltimo. Enquanto isso, Paulista, Comerical e Atlético Sorocaba, que estavam na A1 ano passado, estão passando sufoco para se manterem na A2.


Paulista A3
A Série A3 Paulista é a mais interessante no momento. Temos os tradicionais e simpáticos Juventus e Inter de Limeira nas primeiras duas colocações, além dos conhecidos Grêmio Osasco, Sertãozinho e São José dos Campos na zona de classificação à próxima fase. Na zona do rebaixamento não temos nenhuma equipe de expressão, mas no meio tempo o Barueri por exemplo, que disputou a Série A do Brasileirão a pouco tempo, praticamente a mesma distância dos primeiros 8 do que da zona do rebaixamento.


Paulista Segunda Divisão
A quarta divisão paulista ainda não começou mas já teve a tabela e datas divulgadas, e o número de times conhecidos e importantes na região é impressionante. No Grupo 1 temos o América, o Grêmio Prudente, o Noroeste, e o Tanabi (time que contratou o Cabañas). No Grupo 2 de conhecido só temos o São Carlos, e finalmente no Grupo 3 temos a grande Portuguesa Santista, além de Guarulhos e Taboão da Serra. Os jogos começarão no dia 17 de abril.

Carioca Série B
A segundona do Carioca começou faz pouco tempo, mas já podemos ter uma ideia do que está rolando. o destaque do Grupo A é o São Cristóvão, time que revelou Ronaldo Fenômeno, na última colocação.


No Grupo B temos o tradicional América na zona de classificação, e o Duque de Caxias, que jogou a Série B do Brasileirão faz pouco tempo, a 1 ponto atrás.


Mineiro Módulo 2
No Grupo A da segunda divisão de Minas temos em destaque o Ipatinga brigando para voltar aos seus dias de glória, ocupando a última vaga de classificação.


No Grupo B temos o tradicional Uberlândia na liderança, o Araxá que esteve na elite ano passado brigando para voltar, e o Montes Claros, time que tentou contratar o goleiro Bruno, em último lugar.


Gaúcho Divisão de Acesso
Não há muitas equipes de peso na segunda divisão do Rio Grande do Sul, exceto uma. No Grupo B o Pelotas, time de 106 anos de história, está na terceira colocação com 100% de aproveitamento. Esperamos que o grande Pelotas volte a elite.


Goiano Segunda Divisão
No Grupo A em Goiás temos o histórico Vila Nova na liderança e a um passo da volta a elite aonde ele merece estar.



No Grupo B o Goiânia briga para voltar a elite, enquanto o Iporá é a surpresa do campeonato. O Santa Helena que foi rebaixado ano passado ainda está na briga para voltar a elite.



Copa Verde
Na Copa Verde, segundo campeonato regional mais importante do Brasil atrás da Copa do Nordeste, alcançamos as semi-finais. Os Paraenses, e representantes da região norte, Remo e Paysandu passaram fácil farão o clássico na semi final. Do outro lado os representantes do centro-oeste Cuiabá e Luverdense passaram por pouco mas também irão brigar para chegara grande final. Vale lembrar que o campeão ganha uma vaga a Sul-Americana.


Campeonato Paraibano
O Paraibanão não recebe o reconhecimento que deveria. Apesar de seus times não serem protagonistas ao nível nacional, é um estadual de muitas rivalidades. O grande Treze lidera com folga, enquanto os tradicionais Campinense e Botafogo-PB estão vivos na briga para o título também. O Sousa corre por fora.


Campeonato Potiguar
No Rio Grande do Norte o América lidera e seu maior rival segue logo atrás para tentar roubar o título do primeiro turno, mas com 4 pontos de diferença parece difícil.



Cearense Série B
O tradicional Tiradentes está mostrando força para voltar a elite. A Ferroviária, que já foi considerada a terceira força do estado atrás de Fortaleza e Ceará, está em quinto, a 3 pontos da zona de classificação.



Brasiliense
Por último, nenhuma surpresa no estadual da capital. O tradicional Gama, o Brasília (que irá disputar a Sul-Americana) e o Brasiliense (que já jogou a Série A do Brasileirão), estão nas primeiras 3 colocações e não dão espaço para zebras.


Os melhores jogadores que eu não vi jogar

Pra ser rápido e sucinto, aqui vai uma lista dos melhores jogadores que não vi jogar mas que influenciaram os times que passaram. Esta lista não incluirá brasileiros e não irá além dos anos 80.

Enzo Francescoli - Uruguai

O filho primogênito de Zinedine Zidane se chama Enzo porque Francescoli era o melhor jogador do Olympique de Marselha quando Zidane estava chegando nos juniores. Francescoli era um excelente atacante que além de rápido, era matador.



Alan McInally - Escócia

Você conhece a sua voz da versão em inglês do FIFA. Alan McInally, na sua aposentadoria, virou figura cult no mundo da imprensa esportiva sempre colocando um palavraozinho na transmissão de vez em quando. Mas, isso só é possível porque o grande escocês é adorado tanto na Inglaterra quanto na Alemanha. O atacante não era um primor de habilidade e não marcava muitos gols mas, era esforçado e sempre fisicamente mais forte que os zagueiros. É ídolo das torcidas de Celtic, Aston Villa e Bayern de Munique.



Dejan Savicevic - Iugoslávia

Dejan Savicevic é o que nós vemos em Dario Conca, um jogador que é usado como armador e pode cair não só pelo meio ou como segundo atacante mas, pode também ser colocado nas pontas armando o jogo de lá. Savicevic estava definitivamente na época certa para ser um jogador de futebol. Nos anos 90, era aceitável que os jogadores tivessem mais ego que qualquer pessoa na sociedade e o atual presidente da federação montenegrina de futebol exemplificava exatamente isso. Nas palavras de Flávio Capello: "Sem dúvidas, Savicevic é o jogador com quem mais briguei. Ele dificilmente treinava e dificilmente se esforçava. E, no campo, todo mundo tinha que se esforçar duas vezes mais para suprir a sua falta. Mas, ele tinha um talento excepcional e nós o tornamos em um superstar".



Safet Susic - Bósnia

O técnico da Bósnia foi um dos melhores jogadores da Iugoslávia antes do surgimento das grandes gerações de croatas e sérvios no final dos anos 80. Em 82, Safet Susic foi jogar no PSG e encontrou a forma da sua carreira em Paris. Para você ter uma ideia do prestígio que ele tem na França, em 2010, a France Football elegeu ele o melhor jogador da história do PSG, Nas palavras de Gerd Muller: "Se você fosse ranquear Safet Susic entre os melhores de todos os tempos, ele deveria estar pelo menos entre os 40 melhores". Nas palavras do centro-avante macedônio, que dividiu a seleção iugoslava com ele, Darko Pancev: "É notório como eu valorizei e como eu valorizo Safet Susic. Pra mim, ele é insuperável, o melhor que a Iugoslávia teve. Provavelmente, um dos melhores do mundo. Era notório que eu dizia que nós, outros jogadores, deveríamos pagar para estar no mesmo time de Pape. Pelo menos pensava e agia desse jeito. Pape era um tesouro para qualquer atacante. Seus cruzamentos eram inacreditáveis, Algumas vezes, a bola batia em mim sem eu nem estar ligado. Um jogador maravilhoso".



Stephane Chapuisat - Suíça

O melhor jogador suíço antes da era das imigrações dos balcãs, Chapuisat era um belíssimo atacante e fez história na dupla com Karl-Heinz Riedle que deu o titulo europeu para o Borussia Dortmund. Se Karl-Heinz Riedle ganhou fama disputando bolas com zagueiros e sendo um belíssimo cabeceador, Chapuisat era um gênio da colocação, tanto no seu posicionamento e onde colocava a bola. O suiço não só marcava gols mas, ajudava Andreas Möller na armação do ataque sempre dando seu toque de classe.



Jari Litmanen - Finlândia

Conhecido em seu país como "Kuningas", que significa "o rei" Jari Litmanen é tranquilamente o melhor jogador da história da Finlândia. O pequeno atacante foi um dos estandartes no time de Van Gaal sendo o sucessor de Dennis Bergkamp, herdando a camisa 10 e seu lugar no time. O único problema eram as contusões. Após sair do Ajax, Litmanen sofreu com todo tipo de problema até, tendo que deixar o futebol por seis meses após um problema em seu coração. Se não fossem as contusões, o rei teria levado seu país e seus clubes à maiores alturas.



Richard Witschge - Holanda

O holandês é o homem no lugar certo na hora errada. Richard Witschge nunca atingiu a fama e glória de seus contemporâneos porque ele estava, muitas vezes, pelo menos na seleção, na reserva. O armador fez parte do elenco do Barcelona que venceu a Champions League de 1992 com o gol de Ronald Koeman e era bem utilizado no time de Cruyff. Ele teve seu lugar ao seu na entre-safra do Ajax, entre 1995 e Ibrahimovic, quando seus contemporâneos ainda estavam amealhando seus trocados fora da holanda.



Nolberto Solano - Peru

O peruano que ganhou de Maradona o apelido de "maestrito" em seu ano no Boca Júniors era um belíssimo segundo volante. Com um toque de classe e uma belíssima batida na bola, Solano fez história no Newcastle e até hoje é ídolo por lá. É bem verdade que ele fez parte do melhor Newcastle da história com David Ginola e Alan Shearer. O polivalente peruano era um ponta-direita mas, ficou famoso também por sua polivalência ao jogar também na lateral direita.



Marco "El Diablo" Etcheverry - Bolívia

El Diablo é o melhor jogador boliviano de todos os tempos e nunca teve o reconhecimento necessário pela América do Sul. Marco Etcheverry é mais conhecido pelo gol que marcou em La Paz contra o Brasil que colocou a Bolívia na Copa de 1994. Por ser forte, Etcheverry adora ir contra os zagueiros e levar a bola até uma conclusão. Até hoje, o jogador é um dos maiores ídolos da torcida do D.C. United, da MLS.



Atsushi Yanagisawa - Japão

Yanagisawa, apesar de ter menos do que 1,70m de altura, Yanagisawa foi o melhor centroavante da jovem história da seleção japonesa. Um Romário em menores proporções, Yanagisawa foi levado por empréstimo para a Sampdória como grande esperança do clube mas, na Itália foi um fracasso mais do que retumbante ao não marcar nenhum gol na bota. Ele fez parte do grande time japonês da Copa de 2006 que contava também com Shunsuke Nakamura e Tsuneyasu Miyamoto. O jogador tinha um posicionamento tão avançado que fazia muitos gols de cabeça por onde passava.













  

quinta-feira, 19 de março de 2015

O Futebol Africano - Um guia abrangente

O futebol na África vive uma indefinição intrínseca por causa do caos da política do seu continente. Isso não afeta tanto as seleções mas, acaba por extinguir clubes e campeonatos por inteiro. Vamos aqui aos clubes mais importantes do futebol africano.

Egito - Al Ahly, Al Masry e Zamalek

O Al Masry é o Flamengo do Egito. Além de ser o time de maior torcida, dominou os anos 80 e faz tempo que não ganha um título. Também, esse é o time da segunda maior cidade do país, Port Said.  

O Al Ahly, seu maior rival, é, de longe, o melhor time do Egito e um dos melhores da África. O Al Ahly revelou nomes como Ahmed Mido, que rodaram a Europa e nomes como Mohammed Aboutrika, o craque que se assemelhava muito a Alex, não só no jeito de jogar mas no jeito de falar. Aboutrika era conhecido como "o filósofo". O Al Ahly é o maior campeão da Champions Africana, com oito títulos.

O segundo time do Cairo, capital do Egito, depois do Al Ahly, é o Zamalek. Com mais de 100 anos de história, O Zamalek é o Corinthians do Egito, apesar de ser o time do povo, apenas ganhou onze títulos, comparado com os 37 do Al Ahly, que é o maior campeão. 

Em 2011, o Al Ahly enfrentou o Al Masry, na cidade de Port Said. As torcidas invadiram o gramado e se pegaram porque representavam duas facções políticas lutando pelo poder do Egito. Isso resultou em mais de 70 mortos e a suspensão do campeonato aquele ano. Aboutrika também se aposentou mas, voltou no próximo campeonato. 



Tunisia - Esperance Tunis, Étoile du Sahel, Club Africain e Club Sfaxien

O Esperance Tunis é o maior time da Tunisia e da capital Tunis. É o maior campeão da primeira divisão com 26 títulos. Além disso, o time já ganhou duas vezes a Champions League da África, mais recentemente em 2012. 

O Club Africain é o segundo maior campeão do país com 12 títulos. Também sediado na capital Tunis, o clube ganhou a Champions da CAF em 1997.

O terceiro time do país e também de Tunis. O Étoile du Sahel de 9 títulos nacionais mas também ganhou a Champions da CAF uma vez (2007) e perdeu outras duas finais. O Étoile du Sahel é aonde jogou o brasileiro que se naturalizou tunisiano, Francileudo dos Santos. 

O quarto clube da Tunisia é o Club Sfaxien. A equipe do balneário de Sfax tem oito títulos nacionais mas, chegou a apenas uma final de Champions Africana e perdeu em 2006 do Al Ahly. 



Marrocos - Wydad Casablanca, FAR Rabat e Raja Casablanca

O Wydad é o clube de maior torcida e o maior vencedor da liga marroquina com 17 títulos. O time é famoso também por ter a Muralha Vermelha, onde sua torcida faz um show pirotécnico e mosaicos de fazer inveja aos clubes europeus. O Wydad ganhou a Champions Africana apenas em 1992. 

O FAR Rabat é o segundo maior vencedor da liga marroquina com 13 títulos. Sediado na capital Rabat, o FAR é uma potência local mas não traduziu isso em dominância continental com apenas um título em 1985. 

O Raja Casablanca, conhecido aqui no Brasil por eliminar o Atlético Mineiro no mundial interclubes, é o terceiro maior vencedor da Botola, primeira divisão marroquina. Com 11 títulos, o Raja é a segunda força da sua cidade e é tri-campeão da Champions Africana vencendo em 1989, 1995 e 1997. 



Argélia - JS Kabylie, MC Alger, ES Sétif e USM Alger

O Kabylie é o maior vencedor do campeonato argelino com 14 títulos e está empatado com o Sétif em números de Champions Africana, sendo os dois bi-campeões. Kabylie já foi uma força dominante na Argélia mas, faz tempo que não ganha nada. 

O MC Alger é o segundo maior vencedor do "argelinão" com sete títulos, sendo o último em 2010. Seu único título de Champions Africana veio em 1973 mas, ultimamente, o maior time da capital, Argel, tem dominado a Copa da Argélia. 

O atual campeão da Champions Africana é o Setif, que ganhou a competição também em 1988. Com seis títulos argelinos, o Setif tem sempre chego perto da taça depois de tê-la vencido no ano retrasado. 

O USM Alger compõe a segunda parte do dérbi de Argel. Também com seis títulos, está empatado com o Setif mas, como o MC, também não tem proeminência continental. A rivalidade entre os dois clubes é muito maior do que mera rivalidade futebolística, esta briga vai até a guerra de independência da Argélia quando, durante luta contra o exército francês, o MC Alger parou suas atividades para que seus atletas lutassem e o USM não. 



Gana - Hearts of Oak e Ashanti Kotoko

O Hearts of Oak é da cidade de Accra, capital de Gana e é o segundo maior campeão do país com vinte títulos. O time já venceu a Champions Africana uma vez, em 2000. O Hearts of Oak revelou grandes jogadores como Stephen Appiah, que passou por Juventus e Fenerbahçe. 

O Ashanti Kotoko vem da segunda maior cidade de Gana, Kumasi. A equipe é a maior vencedora de campeonatos ganeses, com 23 títulos, vencendo os três últimos. O Kotoko também já venceu duas Champions Africanas mas, foram nos distantes anos de 1970 e 1983. 



Nigéria - Enyimba, Enugu Rangers, Shooting Stars SC

O Enyimba é um dos maiores vencedores da história do "nigerião" com seis títulos e alcançou a dominância continental quando foi bi-campeão da Champions Africana em 2003 e 2004. O Enyimba revelou jogadores como Raphael Chukwu, fenômeno do FIFA 2000, e Vincent Enyeama, goleiro do Lille. 

O Enugu Rangers está empatado com o Enyimba em números de títulos, com seis, mas, nunca conseguiu vencer (vice em 1975). O clube também revelou grandes jogadores como Jay-Jay Okocha e John Utaka

O Shooting Stars é a terceira força da Nigéria mas está na segunda divisão desde 2009. O time venceu o campeonato cinco vezes e já chegou na final da Champions Africana duas vezes mas, nunca levou o caneco.



Costa do Marfim - ASEC Mimosas e Africa Sports

O Mimosas é um dos maiores celeiros do futebol mundial. O maior campeão marfinense tem apenas um título de Champions Africana, em 1998. Pelos quadros do Mimosas passaram: "Copa" Barry, Kolo e Yaya Touré, Didier Zokora, Gilles Yapi Yapo, Aruna Dindane, Arthur Boka, Emmanuel Eboué, Gervinho e Romaric. 

O Africa Sports é o segundo maior campeão marfinense, com 17 títulos. A equipe nunca chegou na final da Champions Africana mas, tem dois títulos da Copa dos Campeões de Copas em 1992 e 1999.



Camarões - Coton Sport, Canon Yaoundé e Union Douala

O Coton Sport é o maior vencedor do campeonato camaronês de futebol com treze títulos. Apesar de ser a maior força do futebol de Camarões, o Coton apenas foi vice da Champions Africana por duas vezes. 

O Canon Yaoundé a segunda maior força de Camarões com 10 títulos. O Canon há muito tempo não tem força no continente mas, na década de 70, dominou com três títulos vencendo em 1971, 1979 e em 1980. 

O Union Douala é a terceira força do futebol camaronês sendo pentacampeão do campeonato de Camarões. O Douala tem dois títulos continentais, sendo a Champions em 1979 e a Copa dos Campeões de Copas em 1981.



República Democrática do Congo - Mazembe, Daring Club Motema Pembe e AS Vita Club

O Mazembe é o maior campeão da Linafoot, primeira divisão do Congo, com 14 títulos. Desde a época de Engelbert, seu nome antigo, o Mazembe vem exercendo uma certa dominância no cenário continental. O Mazembe é tetra da Champions Africana com títulos em 1967, 1968, 2009 e 2010.

O Daring Club e o AS Vita estão empatados em segundo lugar com doze títulos cada um. A única diferença é que o Daring Club tem um título da Copa dos Campeões de Copas Africana (similar à Copa Sul-americana) e o AS Vita tem um título da Champions Africana vindo em 1973. O AS Vita chegou na final do ano passado mas perdeu do ES Sétif.



África do Sul - Mamelodi Sundowns, Orlando Pirates e Kaizer Chiefs 

O Mamelodi Sundowns é um dos maiores vencedores da Premier League sul-africana com seis títulos e é o atual campeão. No cenário continental, o Sundowns nunca ganhou mais foi vice em 2001.

O Orlando Pirates é tetra africano. Além de ser a maior torcida da África, o Pirates é o único time sul-africano a ter um título de Champions Africana e teve seu último título em 2012 com o maestro holandês Johan Neeskens. 

O outro hexacampeão da África do Sul é o Kaizer Chiefs. O Chiefs também como o Sundowns, nunca foi campeão da Champions Africana mas, ganharam a Copa dos Campeões de Copa da África do Sul.